Pensamento do Dia
"O teatro é a poesia que que saiu do livro e se fez
humana"
(Frederico Garcia Lorca)
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Teatro Kathakali
Kathakali,o teatro sagrado
ORIGEM
Segundo lendas hindus Vishnu reencarnou na terra pela sexta vez na forma de Parasurama, para proteger a supremacia espiritual e social da casta dos Brâmanes. Após inúmeras guerras, ele finalmente resolveu abandonar sua trajetória sangrenta e, em forma simbólica, lançou seu machado ao mar. Com o golpe, a arma caiu no sul da índia e sua violência fez emergir uma faixa de terra a qual Parasurama chamou de Malabar. Para povoar essa terra sagrada, foram levadas famílias de Brâmanes que formaram uma sociedade extremamente religiosa e ritualística.
Hoje em dia Malabar é chamada de Kerala (a terra dos templos).
O intenso comércio de especiarias e o ouro negro atraiam viajantes de todo o mundo, misturando assim diferentes culturas à forte religiosidade do lugar e o gosto por grandes rituais com a constante presença de elementos dramáticos, fazendo surgir assim a mais rica forma teatral da Índia : O teatro Kathakali.
CARACTERÍSTICAS
É o estilo de dança-teatral mais popular da Índia
É um espetáculo raro, inclusive na Índia. Lá ela acontece após a época das monções, em celebrações religiosas de agradecimento.
É exclusivo para homens
Existe exatamente como visto hoje há pelo menos 400 anos
O teatro-dança de Kathakali recebe inclusive influência das antigas artes marciais de Kerala
Existem muitas passagens com reflexões morais e de sabedoria que sempre são faladas pelos personagens mais importantes e em sânscrito, uma língua que não é mais comum na Índia desde o ano 300 a .C, mas é considerada nobre e sagrada, falada até hoje pelos brâmanes. Enquanto os deuses, heróis e personagens importantes falam no dialeto aristocrático, as mulheres, escravos e personagens menores falam o dialeto da classe baixa. As peças terminam assim como começam: com uma prece.
Não há valorização de expressões ou ações nas peças hindus. A tristeza é representada por uma leve melancolia. Beijar, comer, dormir ou gritar é considerado indelicado.
Como nas peças gregas, havia um freqüente contato entre a Terra e o Céu.
Na Índia não existem palavras distintas para dança e teatro, nem em sânscrito ou em qualquer dialeto falado pelo país. Daí percebe-se o quão profundamente ligadas essas duas artes estão neste país que as vê como um só.
PALCO e MÚSICA
Na Índia acredita-se que todo palco seja sagrado pois é um local escolhido pelos deuses para que se dê a eterna luta entre o bem e o mal. Por o Kathakali ser essencialmente hindu tudo nele é cheio de significados religiosos e realizado como um ritual.
O palco é simples. Á frente usa-se uma lamparina alimentada por óleo de coco.
Por ser ritual, antes da peça começar, o vocalista inicia uma canção invocatória acompanhado por címbalos e percussão.
Durante o ritual de inicialização, um ator permanece por trás das cortinas realizando uma performance .
MAQUIAGEM E FIGURINO
A maquiagem determina, no kathakali a natureza dos personagens.
Cada personagem têm uma roupa e maquiagem específica. Ambos são altamente elaborados.
O ator leva três horas e meia só pra se maquiar e duas horas para se vestir antes de cada apresentação.
AS CORES:
Verde: herói
Bigode, protuberância no nariz ou no centro da testa (Chuttippu): demônio-guerreiro
Bigode branco (veluppu-tadi): personagem Hanuman, do épico Ramayana, que possui boa natureza
Bigode preto (karuppu-tadi): selvagem com características heróicas
Bigode Vermelho (Chokanna-Tadi): características terríveis e destrutivas
Maquiagens onde há o predomínio de preto: moradores das florestas, caçadores e demônios femininos
PERSONAGENS: (3 tipos em geral)
Sattvik (denominado Pacha) - nobre, heróico, generoso e refinado ex: Rama e Krishna
Rajasik (denominado Kathi) - não só heróis e sim pertencentes a classe dos demônios guerreiros ex: Kamsa e Ravana
Tamasik (denominado Kari) - caçadores, moradores da floresta e demônios femininos
ATOR
No kathakali temos então o Ator-bailarino e ainda com características de guerreiro. Devido a influencia religiosa, ator do kathakali é também um ator-sacerdote e, por isso, deve ser capaz de responder cada aspecto da sua vida num equilíbrio constante de sua arte que é sempre regida harmoniosamente pelos elementos.
A formação física destes atores obedece ainda a antiga tradição de guerreiros e artistas marciais de Kerala.
Em nenhuma outra forma teatral do mundo pode-se encontrar tamanha complexidade e precisão na formação técnica do ator quanto no Kathakali.
Para ser ator de Kathakali os pretendentes passam por rigoroso treinamento com dedicação exclusiva, durante anos, quase sob regime militar que começa aos 8 anos. Tudo isso serve para desenvolver uma cadeia muscular antinatural e rigorosamente definida com a finalidade de permitir o intenso fluxo de energia, assim como ter um corpo que suporte essa carga. Há a remodelagem da estrutura corporal do ator com um dia que começa às 4h da manhã com massagens, exercícios físicos e de olhos, treinamento de passos, coreografias e memorização dos textos clássicos e prática de ritmos. As intermináveis repetições associadas à severidade com que os erros são punidos moldam e disciplinam a concentração e a mente. O descanso é quinzenal, porque é obvio que os hindus não têm motivos para guardar o Domingo. Todo o processo é supervisionado por um Guru (que significa aquele que dispersa a sombra).
O indiano Nanda Kumaran levou 17 anos estudando a arte sagrada Kathakali. "Deixei de ser estudante aos 31 anos. Só depois do meu casamento é que o guru me deu permissão para deixar de ser aluno".
"Se o bailarino é aquele que busca o ar, que anseia pelo espaço, pelo etéreo, o ator vai de encontro a terra, que castiga sob seus pés para retirar dela sua energia. Suas mãos buscam o céu e seus pés agarram e excitam aterra. Se a ação do guerreiro é como a do fogo, que destrói enquanto queima, nem bom nem mau, consumindo a si mesmo sem hesitar, o sacerdote se relaciona coma água, com a qual purifica e santifica. Enquanto o fogo guerreiro se move impetuosamente e age buscando cumprir seu papel sem apegos, a água sacerdotal busca a serenidade e, ainda que seja perturbada, sua natureza a guia na direção da paz."
(The Mirror of Gesture: Abhinaya Darpana of Nandikesvara)
"Por ser o Kathakali uma dança sagrada e ritual para os hindus, ela se torna uma ambigüidade por demais complexa para os ocidentais. O ocidente não entende uma arte espiritual. É um povo adiantado materialmente, mas muito atrasado espiritualmente. O Teatro é uma manifestação da alma e por isso requer devoção e fervor, pois é necessário sempre mergulhar profundamente nas coisas às quais nos dedicamos. O ocidente nos pede minerais, água, gases. Mas devemos escavar em busca de petróleo. Porque gases, minerais e água devem ser simplesmente a conseqüência dessa busca. É sempre na intenção do petróleo que devemos escavar o que almejamos. Se eu decidisse doas um milhão de rúpias a alguém, em notas de uma rúpia, eu precisaria de um milhão de notas. Mas se preferisse doar essa quantia em ouro, bastaria um pequeno pedaço e ele teria o mesmo milhão."
(Agandanadam, velho sábio hindu)
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Auto de Natal 2011
O espetáculo “Auto de Natal 2011”, escrito por Vilmar Mazzetto e dirigido por Anthoni Cruz foi apresentado nos dia 09, 18 e 20 de Dezembro.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
O Livro Magico do Bom Atendimento
“O Livro Mágico do Bom Atendimento” o novo espetáculo do Grupo de Teatro Boca de Cena estreou no dia 26 de Novembro na Cidade de Capanema no evento “Destaques 2011” promovido pela Associação Comercial e Empresarial de Capanema.
O tema da produção é o bom atendimento, mostrando a relação entre publico/cliente e o atendente / vendedor. O espetáculo com duração de 40min. trata-se de comédia contada através de situações de vendas satirizadas.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Oficina de Expressão corporal para Coralistas
A oficina de Expressão Corporal foi ministrado no II Encoro (Encontro Nacional de Coros Juvenis) aconteceu na cidade de Nova Santa Rosa nos dias 28 e 29 de agosto.
O professor Anthoni Cruz ministrou a oficina para 80 jovens das cidades de Nova Santa Rosa, Pato Bragado, Entre Rios e Capanema, onde dirigiu em parceria com o regente Gerson do município de Nova Santa Rosa as duas ultimas apresentações do grande coro formado pelos participantes do evento.
sábado, 20 de agosto de 2011
Teatro Japonês Noh / Nô
Teatro Japonês
Teatro NOH / NÔ
Ameaçado pela ocidentalização que se seguiu à segunda guerra mundial, como todos os valores tradicionais da milenar cultura japonesa, o teatro nô não só resistiu galhardamente como se afirmou, mais além de seu significado histórico, como arte cênica perfeitamente contemporânea.
Nô, que significa "talento" ou "habilidade", é uma tradicional forma teatral do Japão e uma das mais antigas do mundo. Ao contrário do que ocorre no teatro ocidental, em que os atores representam a ação, na peça nô os atores são simples contadores de histórias que usam sua aparência e movimentos para transmitir o drama. A encenação consiste principalmente numa metáfora visual do que numa ação propriamente dita. Os espectadores já conhecem bem o enredo e podem assim reconhecer os símbolos e alusões sutis à história cultural japonesa.
Desenvolvido a partir de formas antigas de danças e dramas religiosos que emergiram por volta do século XII ou XIII, o teatro nô assumiu características diferenciadas no século XIV e aprimorou-se continuamente até o período Tokugawa (1603-1867). Tornou-se um drama cerimonial representado em ocasiões especiais por atores profissionais para a classe guerreira, como uma espécie de prece pela paz, longevidade e prosperidade da elite social. Fora das casas nobres, porém, havia apresentações às quais o povo podia comparecer. A restauração Meiji, em 1868, chegou a ameaçar a existência do nô, mas alguns atores mantiveram suas tradições e, após a segunda guerra mundial, graças ao interesse de grande número de jovens cultos, a forma nô renasceu.
Existem cinco tipos de peças nô. O primeiro, kami (deus), envolve uma história sagrada; o segundo, shura mono (peça de combate), centraliza-se em guerreiros; o terceiro, katsura mono (peça da peruca), tem uma mulher como protagonista (representada por um homem); o quarto tipo, de conteúdo variado, inclui gendai mono (peça do dia presente), no qual a história é contemporânea e "realista", e não lendária e sobrenatural, e kyojo mono (peça da mulher louca), na qual a personagem enlouquece com a perda de um amante ou filho; e o quinto tipo, kiri ou kichiku (peça "final" ou do "demônio"), na qual se representam demônios, animais estranhos e seres sobrenaturais.
Uma peça nô típica é relativamente curta, com poucos diálogos, que servem como simples moldura para o movimento e a música. Um programa nô consta de três peças escolhidas entre os cinco tipos, de modo a atingir tanto a unidade artística como a disposição desejada; invariavelmente, uma peça do quinto tipo encerra o programa. Farsas cômicas (kyogen) são apresentadas como interlúdios entre as peças.
Existem três grandes papéis no teatro nô: aquele que é desempenhado pelo ator principal, ou shite; o do ator secundário, ou waki; e os dos atores kyogen, um dos quais é freqüentemente o narrador da peça nô. Cada um dos papéis é uma especialidade e se filia a escolas, ou tendências, de desempenho. Há ainda outros papéis: atendente, menino, transeunte etc. O acompanhamento se faz por um coro instrumental de quatro músicos, que tocam flauta e três tipos de tambor, e por um coro de oito a dez cantores. A recitação é um dos mais importantes elementos da representação. Cada trecho deve ser recitado de maneira rigidamente estabelecida, assim como os movimentos e danças que o acompanham.
Sobrevivem intactos cerca de dois mil textos nô, dos quais cerca de 230 permanecem no repertório moderno. Muitas das mais belas e exemplares peças nô foram escritas por Zeami Motokiyo e por seu pai, Kanami Kiyotsugu. Zeami também formulou os princípios do teatro nô que guiaram atores por muitos séculos. Seu Kakyo (1424; O espelho da flor) detalha a composição, a recitação, a mímica e a dança dos atores e os princípios de encenação do nô.
Nôgaku Theatre
Fonte de pesquisa:
http://www.emdiv.com.br/pt/arte/enciclopediadaarte/2560-teatro-no-e-a-cultura-japonesa.html
sábado, 13 de agosto de 2011
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
terça-feira, 9 de agosto de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Grupo Boca de Cena em Antonina
Anthoni Q Cruz diretor do grupo de teatro AMENAPAC e Grupo de Teatro Boca de Cena, participou do 21º Festival de Inverno da UFPR que acontece em Antonina, onde pode assistir vários espetáculos de musica erudita, popular e clássica, alem de espetáculos profissionais de teatro e dança, alem de fazer a oficina de teatro “Da Energia a Ação” ministrada por Carlos Simione, ator e fundador do Grupo de Teatro Lume de Campinas – SP. O trabalho desenvolvido na oficina faz parte do processo de criação do trabalho desenvolvido pelo Grupo Lume.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Stanislávski
“ Basta que o ator em cena perceba uma quantidade mínima de verdade orgânica, em suas ações ou em seu estado geral, para que instantaneamente suas emoções correspondam à crença interior na autenticidade daquilo que seu corpo está fazendo.”
(Constantin Stanislávski)
Constantin Stanislavski nasceu na cidade de Moscou em 5 de Janeiro de 1863 e desde muito cedo teve seu primeiro contato com o mundo das artes. Vindo de uma família de comerciantes abastados, seu pai construiu um pequeno teatro dentro de sua própria casa, onde haviam apresentações de peças para o seleto grupo de amigos da família, bem como encontros de intelectuais conhecidos da época.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
Cuando tú no estás do Seres de Luz Teatro
Vale a assistir, um dos melhores espetáculos que já assisti.
domingo, 6 de março de 2011
Auto da Paixão de Cristo 2011
Auto da Paixão de Cristo 2011
"Profecias"
"Profecias"
Dia 22 de Abril de 2011
Local: Arena de Shows
Horário: 20:30h
Capanema - Pr
Grupo Municipal de Teatro Amenapac
Banda Municipal
Coral Municipal Infantojuvenil Nova Melodia
Coral Municipal Pro Art
Rotaract Club Capanema
Entrada Gratuita
Participe
sábado, 5 de março de 2011
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Atividades 2011
Dia 12 de Janeiro terão inicio as atividades do Grupo de Teatro Boca de Cena
O grupo é responsável pelas aulas das Oficinas de Teatro de Capanema há 4 anos. O Professor Anthoni Quagliotto Cruz ministra as aulas e Dirige o Grupo Municipal de Teatro AMENAPAC.
Ensaio
Apresentação
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